Vargas Llosa: “Seríamos piores do que somos sem os bons livros que lemos”2010.12.08
"Sempre ao lado do povo, nunca no meio dele." ou "Mais vale ser rico, feliz e com saúde do que pobre, doente e miserável." ou ainda "Diz-me com quem estás, dir-te-ei quem está contigo."

"Lo Scopone Scentifico" (1972), de Luigi Comencini. Vi este filme in illo tempore, recordo-me mal da história, mas lembro-me que andava à volta de um jogo de cartas, a Scopa, creio. O jogo, no filme, é uma metáfora da desigualdade social que à data (à data…?) lavrava por Itália (estamos em 1972, qualquer filme que se preze tem de conter a sua quota parte de denúncia…), e lembro-me sobretudo da crueldade com que o filme termina, quando depois de ter tudo na mão, o miserável casal de italianos (Silvana Mangano e Alberto Sordi), para quem aquele jogo pode constituir um passaporte para uma vida melhor, acaba, movido pela cupidez, derrotado e humilhado por um golpe de infortúnio, perante a completa indiferença e desprezo da rica americana (Bette Davis), que uma vez por ano, num misto de opulência e ociosidade, abre a sua casa ao povo, para se dedicar ao tradicional jogo de cartas. Não sei porque me lembrei agora deste filme, mas desconfio que o mesmo está na génese da minha antipatia por casinos e jogos a dinheiro. Não gosto, acho que trazem ao de cima toda a estupidez humana.
Desde que o ex-jogador do FCP Costinha assumiu as funções de Director Desportivo do Sporting Clube de Portugal, os casos sucedem-se a bom ritmo. Primeiro, o Izmailov, agora, o Moutinho, provavelmente a seguir o Veloso. A culpa não é seguramente só dele, os referidos jogadores também terão a sua quota-parte de responsabilidade, e, above all, aquele presidente que parece falar de mais e pensar de menos.
Numa época em que os atletas profissionais do clube de futebol ‘FC Barcelona’ se queixam porque têm de percorrer de automóvel os pouco mais de 700 kms que separam Barcelona de Milão, é de destacar (seria sempre de destacar, de qualquer modo), o feito alcançado por João Garcia, que se tornou, desde ontem, o décimo alpinista da história a conseguir subir as catorze montanhas com mais de oito mil metros de altitude existentes à face da Terra, sem recurso a carregadores de altitude nem garrafas de oxigénio, como muito bem destaca David Marçal, em2010.04.15
Depois de os últimos posts terem abordado a péssima fase que o meu Sporting atravessou nestes tempos mais recentes e mesmo correndo o risco de este blogue estar cada vez mais reduzido ao futebol (falta-me tempo para tudo, até para escrever…), não poderia deixar de assinalar a vitória de ontem, 3 – 0, sobre o FCP.