sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Ó ZÉ MANEL...

A propósito das alegadas escutas ao PR por parte do Governo, e na sequência do episódio do email que o editor do Público, Luciano Alvarez, enviou ao correspondente da Madeira, Tolentino da Nóbrega, o director daquele jornal, José Manuel Fernandes, veio dizer que o jornal está sob escuta e que esta teria sido ordenada pelo Primeiro-Ministro, de quem depende o SIS, serviço que supostamente se encarrega de espiar o Público e que tal situação vem «confirmar as suspeitas do Presidente da República» de que estaria a ser vigiado pelo Governo.

Mais disse ainda JMF que não obstante não ter lido o email a informar que a iniciativa de tornar público o caso das escutas telefónicas feitas à Presidência da República teria partido de Cavaco Silva, a referida mensagem referia-se a uma “discussão natural entre um director, um jornalista e um editor”, mas que a outra parte “não corresponde ao seu conteúdo exacto”.

É caso para perguntar se não leu o email, como pode saber que parte do mesmo “não corresponde ao seu conteúdo exacto”...?
2009.09.18

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

ORA NEM MAIS


O texto não é meu, foi o António Rodrigues, um bom amigo, ex-boavisteiro, quem o escreveu e não podia estar mais de acordo (enfim, tirando a parte do Simão e da Mónica...).

"Epa, não resisto a uma análise a quente do Dinamarca - 1, Portugal - 1.
Conclusão nº 1, e que para mim é mais ou menos uma novidade: O Carlos Queirós é paneleiro*.
(*) Entende-se neste contexto, um paneleiro como aquele que não tem tomates, que lhe falta coragem, não aquele que caga para dentro (a esse respeito não tenho, nem quero ter, informação para fazer esse tipo de juízo em relação ao mister Queirós).
Táctica do Queirós: os dinamarqueses estão habituados a marcações duras na defesa, logo vou jogar sem pontas de lanças, com 2 gajos a fazer a diagonais, e outros a vir de trás.
Tudo muito bem se:
1. os gajos que viessem de trás soubessem marcar golos (veja-se logo no 2º minuto, a jogada em que o Meireles aparece à entrada da pequena área, a bola vai ter com ele, ninguém sabe bem como, e ele nem rematou tal o deslumbre. Se fosse o leves**, parava a chicha e zás trás, petardo lá pa dentro).
(**) leves = aquele que resolve (quando o metem a jogar) = Liedson
2. os gajos que viessem fizessem as diagonais soubessem marcar golos (eu gosto do Simão, é bom homem, pai de família, vem de uma boa escola, mas foda-se, se ainda não aprendeu a marcar golos dentro da área à ponta de lança, não é agora.
Vai ser consensual o facto de termos feito uma grande primeira parte. O caralho! Quando Portugal começa a jogar bem, a criar muitas oportunidades, e não marca, começa logo a cheirar a merda. E o paneleiro do comentador da tvi*** vem dizer que a Dinamarca teria sorte se chegasse ao fim da primeira parte empatada. 30 segundos depois, uma batata lá dentro.
(***) Este, mesmo sem dados, tenho a certeza que mete as mudanças com o cú.
Eu gosto dos nórdicos. Temos a mania de dizer que são toscos, tal e tal. Epa, a lógica é: para ganhar um jogo é preciso marcar. Então antes de nos armarmos em putas, vamos aprender a correr, a centrar e a rematar.
E porque razão o sr. queirós tirou o Meireles e o Tiago? Epa, eu detesto brazucas. Tirasse o Pepe, caralho****.
(****) Classifica-se como brazuca qualquer nativo da nossa ex-colónia da América do Sul que, sendo convocado para jogar por Portugal, joga mal (O Pepe é brazuca, o Deco e o Liedson são tão ou mais portugueses que a Amália).
E não entendo o que é que os seleccionadores têm contra a Mónica*****?
Digam o que disserem, mas a Mónica já salvou Portugal inúmeras vezes. É forte psicologicamente, coisa rara nos nossos jogadores.
(*****) Nome comum de Nuno Gomes, esse grande homem, pai de família e também de uma grande escola.
Enfim, consola-me saber que as bestas dos dirigentes do benfica vão, mais cedo ou mais tarde, mandar Jesus, o exterminador, embora. Talvez aí arranjemos um bom seleccionador.
abraços de um ex-defensor de Carlos, o paneleiro Queirós
"

O QUE ANDAM AS FAZER AS EDITORAS NACIONAIS…?








2009.09.06

HILARIOUS BASTERDS


Não sou, nunca fui, um grande fã do Tarantino. Gosto bastante do ‘Reservoir Dogs’, acho o ‘Pulp fiction’ um bom filme, com óptimos diálogos e belíssima interpretações bem como uma excelente banda sonora, mas a filmografia dele depois disso não me enche de todo as medidas. São referências a mais, aos ‘black exploited movies’, aos filmes de artes marciais, aos filmes de terror de série B, aos anos 70, tudo coisas que me dizem pouco em termos de cinema.

Tenho, no entanto, de admitir que gostei imenso do último filme, ‘Inglorious Basterds’. Depois de ler não sei quantas críticas e alertado por pessoa que considero, lá fui, preparado para a interpretação livre da história de que o filme deita mão e para muita parvoíce. Foi, por isso, com surpresa que cheguei ao fim do filme agradavelmente surpreendido. Pese embora o pouco rigor histórico, que, aliás, não constituía sequer uma preocupação para o realizador (o que é de louvar, antes isso do que recriações manhosas à la ‘Valquiria’, em que o Tom Cruise faz um Stauffenberg tão credível como uma bola de futebol), o filme tem momentos absolutamente hilariantes. Registo os diálogos, óptimos (muito boa a conversa entre o ‘basterd’ inglês e o oficial das SS na taberna), as interpretações, quase todas soberbas (o Brad Pitt a fazer de italiano é genial) e o argumento, sólido, sem desfechos parvos e volte-faces idiotas, tão ao gosto do cinema americano. Gostei.

2009.09.06