segunda-feira, 1 de março de 2010

ASSIM SIM.

Depois de os últimos posts terem abordado a péssima fase que o meu Sporting atravessou nestes tempos mais recentes e mesmo correndo o risco de este blogue estar cada vez mais reduzido ao futebol (falta-me tempo para tudo, até para escrever…), não poderia deixar de assinalar a vitória de ontem, 3 – 0, sobre o FCP.

Foi uma vitória clara, limpinha e justa, como (pasme-se!) salientou o Prof. Jesualdo, num assomo de sinceridade que só lhe ficou bem. E mais uma vez, se necessário fosse, se prova que a melhor (eu quase que diria única…) medida de gestão, em matéria de recursos humanos (não, estava a ser injusto, a contratação do Pedro Mendes foi também uma boa medida) foi a decisão de não vender o passe de Izmailov. Foi penoso ver como para pagar o Pongolle (enquanto não me provar em campo que vale 6 milhões, continuarei a cobrar, não ao jogador, mas a quem decidiu pagar tanto dinheiro por um jogador que não deu nunca provas que vale metade sequer), e, ao arrepio do que era notoriamente a sua vontade, quiserem (quem, alguém me diz?) empurrar o russo de Alvalade. Um jogador que, para quem como eu não conhece senão o que vê em campo, é um exemplo de profissionalismo (alguém se lembra de o ouvir reclamar seja do que for? Alguém se lembra sequer de o ouvir falar…?), que se propôs não receber enquanto estivesse lesionado, que joga e faz jogar como poucos, que tem técnica para dar e vender, que guarda a bola como ninguém, que marca golos de bandeira (só ao FCP já marcou pelo menos três, e todos fora da área), é um jogador para guardar, acarinhar e não despachar a troco de milhões nenhuns. Mas ontem não foi só Izmailov. Foram todos, todos sem excepção, o que não deixou de ser bonito. O Yannick, o Liedson, o Grimi (até o Grimi…!), o Miguel Veloso (que grande jogador está), fartaram-se todos de jogar contra um FCP que, há muito que o digo, está longe do que foi recentemente. Valeri, Belluschi, Tomás Costa, Mariano, e mais não sei quantos sul-americanos (excepção feita ao Falcão e ao Farias que são, ambos, belíssimos pontas-de-lança) de 2.ª escolha, não têm qualidade para ali jogar. E mais não me alongo porque também não me interesso muito por esse tema. Queria apenas salientar que se o FCP foi macio (fez o quê, um, dois remates, durante todo o jogo?), o Sporting foi coeso, sólido, eficaz. Muito bom. Já tinha saudades.

2010.03.01