sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

O REI MORREU

Faz hoje 100 anos que D. Carlos morreu. Eu tenho pena que o tivessem morto. Era um bom estadista (dentro do que podia, à época, fazer um monarca constitucional), e não creio que Portugal tenha ganho alguma coisa com a sua morte. Com alguma probabilidade, não teríamos tido que passar por uma ditadura provinciana e bronca e, pelo menos, o D. Duarte não apareceria na televisão. Só vantagens, portanto.

2008.02.01

O CARNAVAL

O Carnaval não é mais que uma perigosa manifestação desse flagelo sem fim à vista que é o homossexualismo galopante. Gajos barbados que aproveitam a ocasião para “se soltarem” e, qual travecas, andarem vestidos com as roupas das irmãs… É triste, muito triste.

2008.02.01

ACABA POR SER JUSTO


Eva Mendes eleita a mais sexy do ano




A actriz de origem cubana foi a que mais deslumbrou em 2007. Eva Mendes, de 33 anos, foi considerada a estrela de Hollywood mais sexy do ano passado pelos directores e estilistas da famosa marca de roupa interior Victoria’s Secret.

in http://www.record.pt/

2008.02.31

COMO NÃO PODIA DEIXAR DE SER

Peyroteo, Eusébio, Futre, Figo e Cristiano Ronaldo. Cinco jogadores que nas suas gerações foram (é) os melhores de Portugal e do Mundo. O que é que os une: o Sporting Clube de Portugal (sim, ó palermas, o Eusébio, antes de ser raptado, cresceu para o futebol no Sporting de Lourenço Marques, filial, à época, do SCP).

Alguém tem dúvidas de quem é o maior clube de Portugal (eu disse de Portugal, não do Brasil, Argentina, Paraguai, Grécia e quejandos)?

2008.02.31

DERAM CABO DISTO TUDO

Tenho pena que já não haja caleches, que o vinho já não seja servido em canjirões, que os livros não sejam mais forrados em marroquim e que não se possam dar umas bengaladas e uns açoites de quando em quando.

2008.01.30

O SÁ PINTO DO MONTENEGRO






2008.01.28

O DR. HOUSE

Destas séries televisivas que agora nos entram em catadupa pela casa adentro, a única que, em minha opinião, tem alguma graça é o ‘Dr. House’. Claro que não tem a qualidade das boas e velhas séries inglesas, como um ‘Sherlock Holmes’ (interpretada pelo Jeremy Brett, a melhor série de televisão de todos os tempos), um ‘Poirot’ (ainda que um bocadinho irritante, o David Suchet é um grande Poirot) ou, mais recentemente, ‘Foyle’s war’ (que passa a desoras, mas que vale bem a pena ver). Mas, para série americana, não está mal. O dito Dr. House está longe de corresponder ao padrão do herói das séries televisivas americanas, ainda que o seu amoralismo já comece a cheirar a falso. O que tinha graça nas 1.ªs séries tornou-se, à boa maneira americana, no filão a explorar e como tal, quando se abusa, cansa.

2008.01.28

O BAIRRO DOS OLIVAIS

Ao contrário do que muito imbecil diz, o bairro dos Olivais, em Lisboa, é o único bairro de jeito desta cidade. Pensado de raiz no seu todo, por um conjunto de arquitectos dos mais talentosos da sua geração, o bairro dos Olivais é o melhor sítio do mundo para se viver. Com os seus espaços verdes, as suas ruas largas, os seus jardins, putos a jogar à bola todo o santo dia. Não percebo, por isso, o fascínio que certa gente tem por bairros como Campo de Ourique (que é igual a Moscavide, mas com melhores restaurantes) ou a Lapa (com excepção de quem vive naqueles bonitos palácios que por lá há, quem é que pode gostar de aí viver…?), onde um gajo não dá dois passos sem esbarrar contra um carro ou pisar uma bosta de cão. É por essas e por outras que a malta desses bairros não sabe jogar à bola e homem que não sabe jogar à bola ou é invertido ou é esquisito.

Baseado nas ideias defendidas da Carta de Atenas, um manifesto urbanístico que resultou de um Congresso Internacional de Arquitectura, que teve lugar em Atenas (óbvio, não?), em 1933, que defendia a separação das áreas residenciais, de lazer e de trabalho, com edifícios localizados em áreas verdes pouco densas, o bairro dos Olivais, sito na freguesia de Santa Maria dos Olivais, que foi sede de concelho no século XIX (integrando freguesias como o Campo Grande, Lumiar, Bucelas e Beato, entre outras), é, quarenta anos depois do início da sua construção e não obstante o envelhecimento dos seus habitantes e alguma degradação (nomeadamente, ao nível da manutenção dos espaços verdes), um sítio excepcional para se viver.

E quem discorda é parvo.

2008.01.25

O ASSASSÍNIO DE JESSE JAMES PELO COBARDE ROBERT FORD

Bom filme, belíssima interpretação do Casey ‘Coward’ Affleck e a música, soberba, do GRANDE NICK CAVE e do Warren Ellis, violinista (entre outros instrumentos) que toca com o NC desde há alguns anos a esta parte.

2008.01.23

TB JÁ TENHO UM BLOGUE E IMENSAS COISAS SUPER-INTERESSANTES PARA CONTAR

Acho que esta coisa dos blogues é uma santanice pegada. Ou seja, um exercício de narcisismo desbragado. Na maioria dos casos, ninguém tem nada para contar senão falar de si próprio, o que, nem sempre é assim muito interessante. No meu caso (adoro as pessoas que invocam o seu caso, como que… por acaso, e dizem ‘eu, por exemplo…’…), tempos houve em que tinha imenso para dizer e disponibilidade para ouvir. Hoje, não, já não me apetece dizer nada, ouvir ninguém, aturar birras, caprichos, conversas parvas, gajas feias, gente maçadora. Tudo me maça. Até o Sporting, que não me dá uma porra de uma alegria desde que esmagou, de forma inapelável, o Belenenses por esclarecedores 1 – 0, na final da taça do ano passado.

A grande vantagem dos blogues é, indiscutivelmente, a ausência do exercício do contraditório. Posso dizer mal de quem me apetece, dos lampiões, dos tripeiros, dos invertidos, das pessoas que não gostam de ver ou jogar o rugby-espectáculo, dar azo ao mais completo despautério sobre tudo e todos, que ninguém me chateia com as suas opiniões parvas (porque contrárias às minhas).

Posso falar de livros, que é uma coisa que gosto de fazer, sem ter que ouvir dizer que o livro que acabei de ler e achei uma merda é fantástico ou vice-versa. E por falar em merda, acho que o livro do Pulido Valente sobre a Guerra Peninsular (vulgo, invasões napoleónicas) é uma chatice, e ainda por cima, uma chatice cara (€15 por meia dúzia de páginas é obsceno). Mais chato só o último Perez-Reverte, ‘O Pintor de Batalhas’. É maçudo, pretensioso e irritante. Bom, bom, nos últimos tempos, li poucos. ‘A Catedral do Mar’, de Ildefonso Falcones, ‘Conspiração contra a América’ do Philiph Roth, o último do Vargas Llosa, ‘Travessuras da Menina Má’, e o ‘Cego de Sevilha’, do Robert Wilson. Grande livro, este.

No fundo, os blogues são uma espécie de diários íntimos que, ao contrário destes, são tudo menos íntimos (que pérola de sabedoria, esta…). Claro que há excepções, gente que escreve coisas interessantes, para os outros e não para si, que tem ideias e que gosta de as discutir, mas, eu não, eu não tenho nada para dizer a não ser banalidades e parvoíces (quando estou bem disposto, adoro dizer parvoíces). Não sei se já disse, mas, a mim, tudo me maça.

2008.01.21