segunda-feira, 7 de setembro de 2009

HILARIOUS BASTERDS


Não sou, nunca fui, um grande fã do Tarantino. Gosto bastante do ‘Reservoir Dogs’, acho o ‘Pulp fiction’ um bom filme, com óptimos diálogos e belíssima interpretações bem como uma excelente banda sonora, mas a filmografia dele depois disso não me enche de todo as medidas. São referências a mais, aos ‘black exploited movies’, aos filmes de artes marciais, aos filmes de terror de série B, aos anos 70, tudo coisas que me dizem pouco em termos de cinema.

Tenho, no entanto, de admitir que gostei imenso do último filme, ‘Inglorious Basterds’. Depois de ler não sei quantas críticas e alertado por pessoa que considero, lá fui, preparado para a interpretação livre da história de que o filme deita mão e para muita parvoíce. Foi, por isso, com surpresa que cheguei ao fim do filme agradavelmente surpreendido. Pese embora o pouco rigor histórico, que, aliás, não constituía sequer uma preocupação para o realizador (o que é de louvar, antes isso do que recriações manhosas à la ‘Valquiria’, em que o Tom Cruise faz um Stauffenberg tão credível como uma bola de futebol), o filme tem momentos absolutamente hilariantes. Registo os diálogos, óptimos (muito boa a conversa entre o ‘basterd’ inglês e o oficial das SS na taberna), as interpretações, quase todas soberbas (o Brad Pitt a fazer de italiano é genial) e o argumento, sólido, sem desfechos parvos e volte-faces idiotas, tão ao gosto do cinema americano. Gostei.

2009.09.06