quarta-feira, 6 de maio de 2009

FACEQUÊ?

Sei que não sou o gajo mais moderno do mundo, mas também não sou propriamente da idade da pedra lascada. Sei funcionar com um I-Pod, falar no Messenger e tenho até um blogue. Mais, fui há uns tempos adicionado no Facebook e consigo até manter uma conversa on-line por esta via.

Isto vem a propósito deste novo fenómeno computo-relacional (não confundir com relações com senhoras de cama incerta), as chamadas redes sociais. Facebooks, twitters, linkedins, e afins, são nowadays (fica sempre bem meter uma palavrinha em inglês para demonstrar mundanidade), o sucedâneo do que no meu tempo (lá está…) eram os ‘pen-pals’. Gente com quem falamos de vez em quando sem grandes obrigações, que nos fazem sentir muito apreciados porque toda a gente nos quer adicionar. Eu digo, desde já, que nunca adicionei ninguém. Sou assumidamente um mal-educado porque não respondo a nenhum pedido, quiz ou sei lá mais o quê daquelas coisas com que diariamente sou abordado (provavelmente, com que era…a partir de agora). Sob pena de vir um dia mais tarde a engolir estas palavras, acho que o Facebook, em particular, é uma espécie de feira de vaidades com que as pessoas se entretêm, demonstrando uns aos outros quem tem mais amigos e sobretudo quem tem mais amigos estrangeiros (há lá coisa mais chique do que ter uma amiga italiana ou vietnamita?). Mas do que eu gosto mais é do pretexto que aquilo serve para ver e estar com pessoas com quem não falamos há anos. A mim parece-me (corrijam-me se estiver enganado) que se não os vemos há anos, por alguma razão será… E “os temos de marcar um almoço” e os “também conheces o não sei quem???”, mais os “ai o mundo é mesmo pequeno!” que eu já tive de ler…

Enfim, vou mas é comer que tenho fome.


2009.05.06