terça-feira, 5 de agosto de 2008

LISBOA, A MAGNÍFICA – II



Em podendo, ide ver. A exposição, patente no Páteo da Galé, num edifício do lado poente do Terreiro do Paço, até 1 de Novembro, assinala os 250 anos do Plano da Baixa (1758). Excelente. Diversificada, bem documentada, apenas é de lamentar a ausência de um catálogo (situação que, segundo informação recolhida in loco, será corrigida rapidamente) e de cartazes, reproduções, mapas, alusivos ao objecto da exposição. E já agora, a selecção musical podia ser mais consentânea com a época (que raio fazem ali o Grieg ou o Beethoven…?).

2008.08.05

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

EU SEMPRE DISSE

Como gentleman que sou, nunca seria capaz de bater numa mulher, mesmo que esta seja benfiquista, facciosa como poucos, destile ódio e desonestidade intelectual quando fala de bola, tenha recebido uma condecoração no 10 de Junho pelo inenarrável Jorge Sampaio (ainda hoje o meu periquito e a porteira lá do prédio não lhe falam, e como eu os compreendo, coitados, foram os únicos lá do bairro que não levaram uma medalhita, pá!) e se chame Leonor Pinhão. Mas lá que não gosto do que a senhora escreve, maxime, na 'A Bola', não gosto, nunca gostei e nunca hei-de gostar.


Vem isto a propósito da surpreendente aparição da dita cuja numa série de televisão, francesa, que passou em Portugal em 1980 e poucos, e que a RTP Memória esteve a passar, ‘O conde de Monte-Cristo’, co-produzida pela televisão do Estado e filmado em Portugal, com actores portugueses (lindo, o Sérgio Godinho e o Vitorino a fazerem de bandidos italianos). Apesar de anafadita, reconhecia-a logo, tendo confirmado ainda na ficha técnica que se tratava da mesma criatura que, semanalmente, escrevinha, sem graça nenhuma, na bíblia dos vermelhuscos.

Não lhe conhecia quaisquer méritos, muito menos cinematográficos (não obstante ter escrito recentemente um argumento para o filme que o marido começou mas não acabou), mas a mulher aparece no papel de Eugenie Danglars, filha de um banqueiro pouco escrupuloso, e segundo a obra de Alexandre Dumas, depois de falhado um casamento de circunstância com um suposto príncipe italiano, que mais não é do que um burlão, acaba por fugir, vestida de homem, com a professora de música.

Ele há coisas do arco-da-velha...! Vocês já imaginaram a Leonor Pinhão a aprender piano e a falar francês como o gato maltês?!

2008.08.04

terça-feira, 22 de julho de 2008

UM HOMEM BOM QUE ESCUSAVA DE TER MORRIDO

Conheci (a obra de) Bronislaw Geremek pela leitura do ‘Paixões Comuns’, um livro belíssimo que mais não é do que o relato de uma conversa, sobre a paixão pela História, partilhada por Geremek e George Duby, outro historiador de quem aprendi a gostar também quando estudei, na escola, a ‘École des Annales’. A História foi sempre a minha verdadeira paixão em matéria de estudos, não obstante a opção académica ter sido outra, tudo em nome do vil metal. Duby, Braudel, March Bloch, Ladurie, Febvre, li-os a todos, com muito gosto. Do autor polaco, das suas bibliografia e biografia, guardo, sobretudo, a ideia de um homem bom, que tinha uma paixão e um ideal, a História e a Liberdade, e que por elas viveu e lutou. Morreu a semana passada num acidente de automóvel e sobre ele escreveu o Pedro Picoito, que em matéria de História sabe muito mais do que eu. Aqui fica mais um belo texto do Pedro (desculpa lá o “roubo”, pá).

http://cachimbodemagritte.blogspot.com/2008/07/bronislaw-geremek-1932-2007.html

2008.07.21

terça-feira, 8 de julho de 2008

E PEIXE, VENDEM?

Um destes dias decidi recuperar três relógios que tenho, que, por razões várias, não uso ou uso pouco. Depois de, no representante oficial da marca, me terem pedido € 1.250 por uma correia de um Rolex (pela correia, não pelo relógio), o que me pareceu ligeiramente descabido (mas só ligeiramente, que eu sou um gajo fino e gasto isso amiúde em correias de relógio, está bom de ver), achei que talvez uma relojoaria menos prestigiada fosse mais indicada para aquilo que queria. Aqui chegado, o funcionário que me atendeu, depois de se lançar avidamente (só faltou mergulhar lá dentro) ao saquinho em que trazia os ditos três relógios, o que não conseguiu, porque eu lhe tirei o dito cujo das mãos, informou-me, com um ar muito satisfeito, que o melhor era eu ir ao relojoeiro da loja ao lado. O que fez sem ter visto os relógios ou que eu lhe tivesse dito ao que ia. “Mas não tem correias para relógios?” ainda perguntei eu. Que sim, mas tinha poucas, e provavelmente eu não ia gostar de nenhuma. “E para substituir o botão que dá corda?”. Ah, isso, então, nem pensar. Desanimado, ainda tentei: “E não podem mandar para a fábrica, ou para o representante…?”. Nope, népias, niente, nein. “Mas ali na loja do lado, fazem isso e de certeza que lhe resolvem todas essas questões.”. Se o gajo tivesse sido carrancudo ou antipático, eu ainda entendia. Provavelmente, estava a fazer outra coisa qualquer e não queria ser interrompido. Mas não, não só foi extremamente simpático como bestialmente solícito, ainda veio comigo à rua, apontou-me para uma loja do outro lado da rua e obrigado e boa tarde. A cena fez-me lembrar um sketch dos Monthy Python, em que o Michael Palin finge cortar o cabelo ao Graham Chapmann, porque não obstante ser barbeiro, tinha horror a tesouras e a cortar cabelos. Este gajo era do mesmo género, não devia gostar de ser relojoeiro, se calhar queria era ser barbeiro.

2008.07.08

quarta-feira, 25 de junho de 2008

ERA PRENDÊ-LOS A TODOS

A propósito das sucessivas greves e manifestações que assolam o país por causa do aumento dos combustíveis, dos pescadores aos camionistas, passando pelos agricultores e pelos buzineiros profissionais, gostaria de pedir, encarecidamente, ao Governo que mande esses pedinchas de merda dar uma volta. Com reivindicações que chegam a raiar a chantagem pura, alguns ditos representantes destes e de outros sectores, aproveitando o estado de necessidade em que mergulham o país com as suas paralisações, exigem a atribuição de mais e mais subsídios, incentivos, benefícios e sei lá mais o quê. Como o raio dos subsídios sai do meu bolso e do bolso de todos nós, e porque eu estou farto de ter de arcar com os custos que os riscos da actividade comportam sem nunca ter direito aos lucros da mesma, eu nem sequer os recebia e prendia imediatamente todos os que causassem desacatos (sim, sou reaccionário, reaccionaríssimo, mesmo). Farto desta gente que só sabe pedinchar e reclamar.

A este respeito, gostaria de recordar uma cena de um filme que vi, quando miúdo, que me marcou e que me põe, por vezes, a pensar porque raio este povo é assim. Refiro-me ao filme ‘As Vinhas da Ira’, de John Ford, baseado na obra homónima de John Steinbeck. Passado durante a crise em que os EUA mergulharam, após o crash bolsista de 1929, recordo, em particular, uma cena em que o protagonista principal (no filme, o Henry Fonda), miserável como poucos, e depois de lhe ser visto recusado mais um emprego que lhe permitisse sustentar a família inteira, decide, fazendo das tripas coração, gastar as últimas moedas que tinha para comprar uns rebuçados (uns “chupas”, para ser mais exacto) aos filhotes. Confesso que me vieram as lágrimas aos olhos. Bem sei que ainda era um miúdo quando vi o filme e não corria o risco de parecer menos homem por isso (em bom rigor, acho que não passava de um garotelho quando vi o filme, nem aquele buço manhoso, que todo o adolescente apresenta à guisa de passaporte para a maioridade, tinha ainda). Mas, caramba, o que aquilo me tocou. E a este respeito porquê? Porque aquele desgraçado que não tinha onde cair morto, não foi para Washington chorar em busca de uma esmola do Estado, muito menos apitar ou fazer chantagem. Foi à procura de trabalho, e não obstante a miséria que o assolava, teve ainda um último gesto de dignidade. Mesmo que não tenha tido mais nada depois disso.

2008.06.22

segunda-feira, 23 de junho de 2008

GENEVE EST PORTUGUÉ

Sem exageros, eu diria que Genève tem mais portugueses que o Algarve. Como cantava um alegre grupo de foliões que por lá vi, ‘Geneve est portugué, c’est notre cité’ (assim com erros e tudo que é mais fiel ao espírito da coisa). E mais não me apetece dizer sobre o EURO 2008, essa competição menor (qual organização suíça, qual quê! Organizados somos nós! Nunca me esquecerei da vergonha que foi aquela entrada para o jogo com a Turquia!!!).

2008.06.22

segunda-feira, 2 de junho de 2008

RIDÍCULO, NÃO?

Eu gosto muito de bola. Gosto do Sporting e da Selecção Nacional. Fui ver o Euro 2000, na Bélgica e na Holanda, vi no estádio, incluindo a final, vários jogos do Euro 2004, fui ao Mundial da Alemanha em 2006, e parto, no sábado, para a Suiça, para ver o Euro 2008. Posto isto, há que dizer que uma coisa é gostar de bola, outra é ter de ‘gramar’ a toda a hora com a Selecção Nacional de Futebol. E é no mínimo ridículo que, enquanto à mesma hora, a Selecção Nacional de Voleibol jogava a possibilidade de se apurar para os Jogos Olímpicos e a Selecção Nacional de Rugby, na modalidade de Sevens, jogava um importante torneio na Escócia, o canal público de televisão (acompanhado pelos canais privados) fazia directos sem fim à vista sobre a viagem dos jogadores da Selecção Nacional para a Suiça. Directos dos jogadores dentro da camioneta, directos dos jogadores fora da camioneta, directos dos jogadores a entrar no avião, directos dos jogadores no interior do avião, directos dos jogadores a sair do avião, comentários sobre os sapatos e as gravatas dos jogadores, comentários sobre as mordomias várias que os jogadores vão ter durante o torneio. Findo os directos e os “motivos de reportagem” junto da Selecção, toca de levar com os comentários do bom povo, na Suiça e em Portugal, sobre as expectativas da Selecção. Mais, até o insigne Prof. Marcelo, munido do agora indispensável cachecol da Selecção, debita a sua sapiência sobre futebol. Como ele sabe de tudo, também é suposto saber de bola. Ele, e por vistos quem o contrata, acredita nisso. Adiante.

A mim, que nada sei sobre este fenómeno da comunicação de massas, parece-me claramente excessivo. São ridículas as notícias sobre a presença do filho do Roberto Leal nos treinos da Selecção, são ridículas as novelas sobre a suposta namorada do C. Ronaldo e sobre os penteados do Miguel Veloso ou as birras do Quaresma, é ridícula a presença dos empresários a negociarem contratos em plena concentração da Selecção, não se entende, de modo nenhum, como tudo isto é noticiado até à exaustão. E é aflitivo ver o bom povo em histeria para ver passar os jogadores que do alto da sua soberba (porque nessa altura já não podem ser incomodados…) nem um sorriso esboçam para os desgraçados que ficam horas à espera deles.

Sem prejuízo de achar que o Scolari foi e é o melhor Seleccionador Nacional de sempre (os resultados por ele obtidos assim o evidenciam e não há propaganda tripeira que consiga escamotear tal facto), tenho algumas dúvidas que, desta feita, a Selecção consiga os mesmos resultados alcançados durante o Euro 2004 e no Mundial de 2006. Acho que anda ali demasiada arrogância e pouca humildade. Não sei, digo eu, oxalá me engane.

2008.06.02

quinta-feira, 29 de maio de 2008

CONTROL

Quem, como eu, atravessou a adolescência algures pelos anos 80, não deixará de ver com gosto este filme. Realizado por Anton Corbijn, um realizador conhecido por ter filmado vários vídeos dos U2, baseia-se na (curta) vida e obra de Ian Curtis, o vocalista dos Joy Division, que se suicidou aos 23 anos. Deprimentes como poucos, os JD eram uma espécie de banda sagrada de que não se podia não gostar. Mas a verdade é que a música do JD era e continua a ser, 20 anos depois do suicídio de IC, excelente. E o filme não é pior, ainda que, em minha opinião, reflicta talvez demasiado a visão da mulher, autora do livro que serviu de guião ao filme, e se reconduza, por isso, excessivamente aos problemas conjugais de IC. Mas a interpretação é óptima, assim como a fotografia e a música, claro está, que o acompanha, como que num imenso video-clip.

2008.05.29

segunda-feira, 19 de maio de 2008

INCHA, PORCO! A TAÇA É NOSSA.

Como nestas coisas, há, por vezes, como que uma justiça divina, o SCP ganhou e bem a Taça de Portugal de futebol, relativa à época 2007/2008. Ganhou bem, porque não obstante ter visto um golo limpo mal anulado, ganhou depois de marcar um golo a seguir a uma falta clara não assinalada cometida por um defesa do Sporting. Ganhou bem porque durante 120 minutos foi melhor que o FCP que do alto da sua soberba encarou o jogo como que ganho à partida. Como se tudo e todos lhe devessem vassalagem, como se a Taça fosse deles antes mesmo de começar o jogo.

Depois de dois anos em que foi "gamado" à grande nas meias-finais, em pleno estádio do adversário, quando estava a ganhar já no prolongamento (refiro-me às expulsões, a pedido, do Hugo Viana e do Caneira, na Luz em 2005 e no Dragão em 2006, respectivamente, que permitiram que os adversários do SCP jogassem com um a mais, facto que não é nada despiciendo depois de 90m de jogo, como ontem se viu), e depois de ganhar a Taça no ano passado, o SCP voltou a ganhar este ano, desta feita depois de ter jogado e ganho contra o SLB e o FCP. Ganhou não obstante ter muito mais minutos nas pernas do que os adversários e não obstante não ter tido a possibilidade de poupar jogadores em jogos anteriores, como o fez o FCP. Ganhou porque foi melhor, jogou mais e sem prejuízo das asneiradas do árbitro (que há dois anos era óptimo para os adeptos do FCP…), conseguiu marcar dois golos que lhe permitiram fazer a festa no final. A festa, claro, que os jogadores e dirigentes do FCP não viram, porque se foram embora antes de o João Moutinho erguer a Taça. Fair-play? Sabem lá eles o que é isso.

2008.05.19

quarta-feira, 14 de maio de 2008

NÃO FAZ SENTIDO NENHUM

I. A despedida do Rui Costa. Não que queira dedicar muito tempo a escrever sobre um ícone do SLB, mas é exactamente sobre esse estatuto que me vou pronunciar. Em poucas palavras, claro está, não por desrespeito pelo homem, mas porque é assunto que a mim não me interessa por aí além. Mas por uma questão de justiça, queria apenas dizer algumas palavras.

O Rui Costa foi (acho que acabou ontem a carreira) um óptimo jogador, e como pessoa, diz quem o conhece, excelente. No entanto, acho, sinceramente, que o endeusamento que lhe fazem os adeptos do SLB (vejam como estou a tentar manter o nível, ainda que não prometa que o consiga fazer até ao fim) é ridículo e diz muito do que é aquele clube, nos dias que correm. Tal como diz a pretensa superioridade moral que os vermelhuscos gostam de exibir a propósito de um hipotético confronto entre a relação que o Rui Costa tem com o SLB e a que o Figo (não) tem com o Sporting. Como se se pudessem comparar as duas realidades. Os dois são produtos das respectivas escolas de formação, ambos tiveram uma fantástica carreira internacional e foram grandes jogadores de selecção. Mas acabam aí as coincidências. O Figo não é nem nunca poderia ser ou representar para o SCP o que RC representa para o SLB. Em primeiro lugar, porque o Figo é apenas um dos óptimos jogadores, com dimensão internacional, que o SCP formou e que anda lá fora a lutar pela vida, como o fez, no seu tempo, RC. Mas com o nível de Figo, isto é, de melhor jogador do mundo, formámos, recentemente, pelo menos mais um, o Cristiano Ronaldo. E de selecção, como Rui Costa, formámos imensos. Só para falar nos mais recentes, Simão, Hugo Viana, Quaresma, Nani, João Moutinho, Miguel Veloso. É evidente que não é fácil fazer destes, ídolos do SCP, quando o clube tem de os vender para equilibrar as contas. Mas isso é o preço a pagar por termos, inquestionavelmente, a melhor escola de futebol do país e uma das melhores, senão mesmo a melhor do mundo (qual Ajax, qual caraças! Quem é que eles formaram nos últimos anos que se comparem ao Figo e ao CR?). No entanto, é natural que o SLB, que não tem nenhum jogador de selecção formado na luz (tirando, eventualmente, o Manuel Fernandes que sendo bom jogador, não será, propriamente, o novo Rui Costa…) há muito tempo, se agarre histericamente ao “maestro”.

Por outro lado, ídolos, na minha opinião, são aqueles que ficam, não os que partem, com juras de amor eterno. No nosso caso, ídolos foram o Jordão, o Manuel Fernandes, o Oceano, o Pedro Barbosa, o Beto, o Sá Pinto, o Rui Jorge, o João Moutinho, o Liedson e tantos outros, alguns oriundos das escolas, outros não, que por lá fizeram quase toda a sua carreira.

II. O Apito final. Faz algum sentido que a sanção a aplicar aos clubes e dirigentes prevaricadores produza efeitos em época diferente daquela a que os factos dados como provados dizem respeito? Ou que um árbitro seja declarado culpado de corrupção e que o clube que o corrompeu seja declarado culpado de …tentativa de corrupção? É por estas e por outras que o Pinto da Costa continua a dizer graçolas parvas. Se a decisão tivesse sido proferida mais cedo, já não tínhamos de o ouvir.

III. Para os tripeiros que não engolem o Ricardo, deve custar ver consagrado como melhor golo de sempre em fases finais do Campeonato da Europa, a chapelada que o Poborsky fez ao Baía, que tinha decidido ir apanhar sol para o meio da área.

2008.05.12

quarta-feira, 30 de abril de 2008

O PACHECO PEREIRA DOS OLIVAIS

O Pedro Picoito é o Pacheco Pereira dos Olivais. Embora não esteja em sintonia com muito do que diz (essa tua lampionice beata, pá…), é inegável que vale bem a pena ler o que ele escreve. Um exemplo, entre muitos outros:

http://cachimbodemagritte.blogspot.com/2008/04/ronda-da-noite.html

2008.04.30

25 DE ABRIL SEMPRE, FALSISMO NUNCA MAIS!

Indubitavelmente. Ou não fosse a democracia “o pior dos regimes políticos... exceptuando todos os outros”, como a definiu, um dia, Winston Churchill.

2008.04.25

sexta-feira, 18 de abril de 2008

ERA O QUE MAIS FALTAVA

De vários quadrantes, chegam-me sugestões para melhor navegar neste mar da blogosfera (quem é poeta, quem é?). Escusado será dizer que não vou acolher nenhuma. Assim, não entrarei em diálogo e/ou polémica com nenhum blogue em particular, não farei sequer qualquer alusão ou referência a blogues de pessoas que não conheço nem quero conhecer, não deixarei de fazer posts longos e maçadores sobre assuntos que só a mim me interessam, e continuarei a dizer disparates indefinidamente. Fica o aviso.

2008.04.18

quinta-feira, 17 de abril de 2008

O DIA SEGUINTE - II

SPORTIIIIIIIIIIIING!!!! SPORTIIIIIIIIIIIING!!! GANHÁMOS, PÁ, GANDA VITÓRIA!!! Lampiões da merda!!! Todos papados!!! 5 (CINCO) BATATAS!!! EmbrOlhem!!! Ganda djaló, ganda liedshow!!!

(isto do fair play não é fácil, tinha que desabafar).

2008.04.17

O DIA SEGUINTE - I

O dia seguinte é doloroso. Aliás, o martírio começa logo que o árbitro apita e nós desligamos a televisão imediatamente, conscientes de que as imagens que se seguirão são de júbilo inimigo e de dor incomensurável para as nossas cores. A melhor solução é ver um DVD, não há perigo de imagens inconvenientes e de lugares comuns imbecis saltarem inopinadamente da televisão e ofenderem os nossos sentidos. Foi o que fiz no dia em que os lampiões ganharam o último campeonato. Na iminência de tão horrível evento, aluguei dois filmes, fechei as janelas todas de casa e predispus-me a ignorar todas e quaisquer manifestações de alarvidade que inevitavelmente se seguiriam e que, infelizmente, se registaram. E é o que tenho feito, de um modo quase anestesiado, desde que o fêcêpê desatou a roubar campeonatos a quem de direito. Mas o dia seguinte é ainda mais penoso. Gente com cachecóis, faça chuva ou faça sol, bancas de jornais repletos de mentiras, telejornais dedicados quase por inteiro a um festival de boçalidade. Depois é deixar que os dias passem, como quem não quer a coisa, fingir que não gostamos de bola e que não nos deixamos afectar, espreitarmos o resultado, a medo, de um jogo que não vemos, porque “eles é que ganham e a malta é que se chateia”. Pois.

2008.04.17

FOI BONITA, A FESTA, PÁ!






2008.04.17

quarta-feira, 16 de abril de 2008

ALAHAM, ALBAHA AHALATAH, ALNOJAM

Em farsi sunita, sotaque da bessarábia, quer dizer “o Bairro Alto mete nojo”. Graffittis por todo o lado, cheiro a mijo, ruas sujas, transformaram aquele bairro histórico de Lisboa num sítio feio e degradado, não obstante ser (até quando…?) um local procurado e visitado por tanta gente. É por isso que não desdenho uma solução radical para combater esta praga que, sob o pretexto da liberdade artística, suja e enxameia as paredes deste e de outros sítios de Lisboa. Assim, à primeira borrifadela prevaricadora, decepava-se a mão do seu autor; à segunda, a outra mão; à terceira, a cabeça. Estou convencido que depois dessa, os so-called artistas não voltavam a incomodar os demais com as suas manifestações artísticas. Não sei, digo eu, é a minha opinião, pode haver outras. Outra solução, mais civilizada, seria obrigar os proprietários, arrendatários e/ou usufrutuários (e demais sujeitos das múltiplas relações/institutos jurídicos que podem ser estudados nessa fascinante disciplina do direito que dá pelo nome de direitos reais), dos prédios a manterem limpas as suas fachadas, sob pena de serem alvos de eventuais processos de contra-ordenação. Tenho a certeza que, zelosos da sua propriedade (and so on…), os interessados seriam os primeiros a contribuir para a erradicação desse flagelo que ataca Lisboa.

2008.04.16

JÁ NINGUÉM ESCREVE ASSIM

Júlio Verne, Emílio Salgari, Alexandre Dumas, Conan Doyle, Charles Dickens. Eu li-os na minha infância e os meus filhos também hão-de ler. Heróis audazes, justos e com carácter. Nada dessas modernices, cheias de ambiguidades, heróis com pés de barro, homens como os outros, com defeitos e virtudes. Para quê lançar a confusão? Quando se é jovem, o que importa é ter referências sólidas, modelos de virtude, a quem imitar.

2008.04.15

quinta-feira, 10 de abril de 2008

INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

‘bora lá ganhar aos protestantes, malta!!! Façam como o Cadete, who used to put the ball in the net!

2008.04.10

terça-feira, 8 de abril de 2008

EU É QUE TENHO OS LIVROS - II










Já só me falta ler o último. Mais uma vez, a boa e velha escola inglesa, no seu melhor.

2008.04.08