Quem, como eu, atravessou a adolescência algures pelos anos 80, não deixará de ver com gosto este filme. Realizado por Anton Corbijn, um realizador conhecido por ter filmado vários vídeos dos U2, baseia-se na (curta) vida e obra de Ian Curtis, o vocalista dos Joy Division, que se suicidou aos 23 anos. Deprimentes como poucos, os JD eram uma espécie de banda sagrada de que não se podia não gostar. Mas a verdade é que a música do JD era e continua a ser, 20 anos depois do suicídio de IC, excelente. E o filme não é pior, ainda que, em minha opinião, reflicta talvez demasiado a visão da mulher, autora do livro que serviu de guião ao filme, e se reconduza, por isso, excessivamente aos problemas conjugais de IC. Mas a interpretação é óptima, assim como a fotografia e a música, claro está, que o acompanha, como que num imenso video-clip.
2008.05.29
2008.05.29