I. A despedida do Rui Costa. Não que queira dedicar muito tempo a escrever sobre um ícone do SLB, mas é exactamente sobre esse estatuto que me vou pronunciar. Em poucas palavras, claro está, não por desrespeito pelo homem, mas porque é assunto que a mim não me interessa por aí além. Mas por uma questão de justiça, queria apenas dizer algumas palavras.
O Rui Costa foi (acho que acabou ontem a carreira) um óptimo jogador, e como pessoa, diz quem o conhece, excelente. No entanto, acho, sinceramente, que o endeusamento que lhe fazem os adeptos do SLB (vejam como estou a tentar manter o nível, ainda que não prometa que o consiga fazer até ao fim) é ridículo e diz muito do que é aquele clube, nos dias que correm. Tal como diz a pretensa superioridade moral que os vermelhuscos gostam de exibir a propósito de um hipotético confronto entre a relação que o Rui Costa tem com o SLB e a que o Figo (não) tem com o Sporting. Como se se pudessem comparar as duas realidades. Os dois são produtos das respectivas escolas de formação, ambos tiveram uma fantástica carreira internacional e foram grandes jogadores de selecção. Mas acabam aí as coincidências. O Figo não é nem nunca poderia ser ou representar para o SCP o que RC representa para o SLB. Em primeiro lugar, porque o Figo é apenas um dos óptimos jogadores, com dimensão internacional, que o SCP formou e que anda lá fora a lutar pela vida, como o fez, no seu tempo, RC. Mas com o nível de Figo, isto é, de melhor jogador do mundo, formámos, recentemente, pelo menos mais um, o Cristiano Ronaldo. E de selecção, como Rui Costa, formámos imensos. Só para falar nos mais recentes, Simão, Hugo Viana, Quaresma, Nani, João Moutinho, Miguel Veloso. É evidente que não é fácil fazer destes, ídolos do SCP, quando o clube tem de os vender para equilibrar as contas. Mas isso é o preço a pagar por termos, inquestionavelmente, a melhor escola de futebol do país e uma das melhores, senão mesmo a melhor do mundo (qual Ajax, qual caraças! Quem é que eles formaram nos últimos anos que se comparem ao Figo e ao CR?). No entanto, é natural que o SLB, que não tem nenhum jogador de selecção formado na luz (tirando, eventualmente, o Manuel Fernandes que sendo bom jogador, não será, propriamente, o novo Rui Costa…) há muito tempo, se agarre histericamente ao “maestro”.
Por outro lado, ídolos, na minha opinião, são aqueles que ficam, não os que partem, com juras de amor eterno. No nosso caso, ídolos foram o Jordão, o Manuel Fernandes, o Oceano, o Pedro Barbosa, o Beto, o Sá Pinto, o Rui Jorge, o João Moutinho, o Liedson e tantos outros, alguns oriundos das escolas, outros não, que por lá fizeram quase toda a sua carreira.
II. O Apito final. Faz algum sentido que a sanção a aplicar aos clubes e dirigentes prevaricadores produza efeitos em época diferente daquela a que os factos dados como provados dizem respeito? Ou que um árbitro seja declarado culpado de corrupção e que o clube que o corrompeu seja declarado culpado de …tentativa de corrupção? É por estas e por outras que o Pinto da Costa continua a dizer graçolas parvas. Se a decisão tivesse sido proferida mais cedo, já não tínhamos de o ouvir.
III. Para os tripeiros que não engolem o Ricardo, deve custar ver consagrado como melhor golo de sempre em fases finais do Campeonato da Europa, a chapelada que o Poborsky fez ao Baía, que tinha decidido ir apanhar sol para o meio da área.
2008.05.12
O Rui Costa foi (acho que acabou ontem a carreira) um óptimo jogador, e como pessoa, diz quem o conhece, excelente. No entanto, acho, sinceramente, que o endeusamento que lhe fazem os adeptos do SLB (vejam como estou a tentar manter o nível, ainda que não prometa que o consiga fazer até ao fim) é ridículo e diz muito do que é aquele clube, nos dias que correm. Tal como diz a pretensa superioridade moral que os vermelhuscos gostam de exibir a propósito de um hipotético confronto entre a relação que o Rui Costa tem com o SLB e a que o Figo (não) tem com o Sporting. Como se se pudessem comparar as duas realidades. Os dois são produtos das respectivas escolas de formação, ambos tiveram uma fantástica carreira internacional e foram grandes jogadores de selecção. Mas acabam aí as coincidências. O Figo não é nem nunca poderia ser ou representar para o SCP o que RC representa para o SLB. Em primeiro lugar, porque o Figo é apenas um dos óptimos jogadores, com dimensão internacional, que o SCP formou e que anda lá fora a lutar pela vida, como o fez, no seu tempo, RC. Mas com o nível de Figo, isto é, de melhor jogador do mundo, formámos, recentemente, pelo menos mais um, o Cristiano Ronaldo. E de selecção, como Rui Costa, formámos imensos. Só para falar nos mais recentes, Simão, Hugo Viana, Quaresma, Nani, João Moutinho, Miguel Veloso. É evidente que não é fácil fazer destes, ídolos do SCP, quando o clube tem de os vender para equilibrar as contas. Mas isso é o preço a pagar por termos, inquestionavelmente, a melhor escola de futebol do país e uma das melhores, senão mesmo a melhor do mundo (qual Ajax, qual caraças! Quem é que eles formaram nos últimos anos que se comparem ao Figo e ao CR?). No entanto, é natural que o SLB, que não tem nenhum jogador de selecção formado na luz (tirando, eventualmente, o Manuel Fernandes que sendo bom jogador, não será, propriamente, o novo Rui Costa…) há muito tempo, se agarre histericamente ao “maestro”.
Por outro lado, ídolos, na minha opinião, são aqueles que ficam, não os que partem, com juras de amor eterno. No nosso caso, ídolos foram o Jordão, o Manuel Fernandes, o Oceano, o Pedro Barbosa, o Beto, o Sá Pinto, o Rui Jorge, o João Moutinho, o Liedson e tantos outros, alguns oriundos das escolas, outros não, que por lá fizeram quase toda a sua carreira.
II. O Apito final. Faz algum sentido que a sanção a aplicar aos clubes e dirigentes prevaricadores produza efeitos em época diferente daquela a que os factos dados como provados dizem respeito? Ou que um árbitro seja declarado culpado de corrupção e que o clube que o corrompeu seja declarado culpado de …tentativa de corrupção? É por estas e por outras que o Pinto da Costa continua a dizer graçolas parvas. Se a decisão tivesse sido proferida mais cedo, já não tínhamos de o ouvir.
III. Para os tripeiros que não engolem o Ricardo, deve custar ver consagrado como melhor golo de sempre em fases finais do Campeonato da Europa, a chapelada que o Poborsky fez ao Baía, que tinha decidido ir apanhar sol para o meio da área.
2008.05.12