Como gentleman que sou, nunca seria capaz de bater numa mulher, mesmo que esta seja benfiquista, facciosa como poucos, destile ódio e desonestidade intelectual quando fala de bola, tenha recebido uma condecoração no 10 de Junho pelo inenarrável Jorge Sampaio (ainda hoje o meu periquito e a porteira lá do prédio não lhe falam, e como eu os compreendo, coitados, foram os únicos lá do bairro que não levaram uma medalhita, pá!) e se chame Leonor Pinhão. Mas lá que não gosto do que a senhora escreve, maxime, na 'A Bola', não gosto, nunca gostei e nunca hei-de gostar.
Vem isto a propósito da surpreendente aparição da dita cuja numa série de televisão, francesa, que passou em Portugal em 1980 e poucos, e que a RTP Memória esteve a passar, ‘O conde de Monte-Cristo’, co-produzida pela televisão do Estado e filmado em Portugal, com actores portugueses (lindo, o Sérgio Godinho e o Vitorino a fazerem de bandidos italianos). Apesar de anafadita, reconhecia-a logo, tendo confirmado ainda na ficha técnica que se tratava da mesma criatura que, semanalmente, escrevinha, sem graça nenhuma, na bíblia dos vermelhuscos.
Não lhe conhecia quaisquer méritos, muito menos cinematográficos (não obstante ter escrito recentemente um argumento para o filme que o marido começou mas não acabou), mas a mulher aparece no papel de Eugenie Danglars, filha de um banqueiro pouco escrupuloso, e segundo a obra de Alexandre Dumas, depois de falhado um casamento de circunstância com um suposto príncipe italiano, que mais não é do que um burlão, acaba por fugir, vestida de homem, com a professora de música.
Ele há coisas do arco-da-velha...! Vocês já imaginaram a Leonor Pinhão a aprender piano e a falar francês como o gato maltês?!
2008.08.04